A violência Infantil é um mal que existe em nossa sociedade e deve ser combatido com rigor. Desde agressões, exploração e até assédios, o Brasil tem sofrido muito para criar maneiras de minimizar estas situações.
Os maus-tratos sofridos na infância e adolescência, fases da vida de maior vulnerabilidade, por serem praticados, em sua maioria, no âmbito intrafamiliar, são encobertos por um complô de silêncio, justificado, muitas vezes, pelas alegadas inviolabilidade do lar e não invasão da sua privacidade.
A agressão contra crianças e adolescentes deve ser tratada em duas frentes: médica e criminal. Médica, porque além da agressão física há a agressão moral, que causa danos sérios ao emocional e prejudica o desenvolvimento; e criminal, porque todo agressor deve ser denunciado e responder por seu crime. O Brasil carece da implantação de um programa integrado de política de prevenção à violência infanto-juvenil, a ser realizado pela educação, saúde, segurança e assistência social.
Outro problema é o trabalho infantil, que ainda é uma realidade para milhões de meninas e meninos no Brasil. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PnadC), em 2016, havia 2,4 milhões de crianças e adolescentes de cinco a 17 anos em situação de trabalho infantil, o que representa 6% da população (40,1 milhões) nesta faixa etária.
A violência mais atendida nas unidades de saúde, contra crianças e adolescentes de 0 a 13 anos, é o estupro, que ocorre na própria casa da vítima em 58% dos casos. Entre aqueles com 10 a 19 anos, a violência sexual é igualmente a mais sofrida, na maioria contra as meninas. Os agressores são na maior parte os próprios pais, padrastos, familiares, namorados ou pessoas conhecidas das vítimas. Infelizmente, apenas 1% delas procura ajuda profissional após o estupro pelo medo da rejeição social e familiar, e pelas ameaças sofridas pelo agressor.
Existem sinais que podem indicar a ocorrência de um caso de violência sexual. E nós, enquanto familiares, conhecidos próximos, professores, profissionais da assistência social e da saúde, temos que ficar atentos às crianças com as quais convivemos e trabalhamos, para ajudar a protegê-los.
Entre os sinais que a criança ou adolescente pode apresentar estão:
- mudanças bruscas de comportamento sem explicação aparente;
- oscilações súbitas de humor, ficando mais agressivas, tristes ou irritadas;
- adoção de hábitos mais infantilizados;
- alterações do sono, com pesadelos inclusive;
- queda de rendimento escolar;
- fugas de casa ou da escola;
- perda ou excesso de apetite;
- mudanças de postura em relação a pessoas específicas;
- fixação por temas de cunho sexual, como desenhar genitais, brincadeiras, comportamentos sexuais impróprios para a idade;
- lesões, hematomas sem explicação coerente, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs);
- gravidez na adolescência.
Felizmente existem ONGs e Projetos sociais que ajudam no combate a estes tipos de violência, como por exemplo a instituição Childhood Brasil que tem como objetivo estimular, promover e desenvolver ambientes de apoio e soluções para prevenir e enfrentar o abuso e a exploração sexual, bem como a violência contra crianças e adolescentes.
Realizando diversos projetos e atividades voltados para a prevenção da violência contra as crianças, o Childhood Brasil também é um canal aberto para denúncias.
Pensando nisso, o Grupo DK2 /Celffort também orienta seus colaboradores que presenciaram algum tipo de violência contra a criança que comuniquem o quanto antes através do nosso canal de denúncias interno.
“Não se cale – Violência contra criança é covardia, é crime”